Tem remédio
para memória?
Tem sim,
mas pouca gente sabe usar.
Qual psicólogo não escutou esta frase? “Dr. Eu não me lembro de mais de nada, não
sei onde deixo as chaves, o meu celular, não sei onde guardo os papeis, não
tenho nem ideia onde coloquei o meu relógio. Nas provas então eu não consigo
lembrar-me de nada do que estudei. Nem me lembro da matéria mais, eu estou
perdendo a memória e preciso de uns comprimidos para ver se me ajuda?”
Aqui temos
uma amostra do santo remédio para memória:
Cada vez
que você trouxer suas chaves, seus papeis, seu celular e vestir o relógio você
ganhara uma destas.
Você irá esquecer estes objetos em casa?
Para cada
pergunta da prova que você acertar você ganha cinco destas.
Quanto tempo você seria
capaz de estudar para acertar cada pergunta da prova?
Você pode
esquecer o dia do aniversário da sua mãe, mas não esquece o dia do seu
pagamento.
Memória é
feita de interesse e atenção.
A não ser
que exista uma deficiência ou uma má formação nos processos da memória, nossa
“falta de memória” ou “memória fraca” é apenas desinteresse e desatenção.
Memória é
algo fantástico e pouca gente sabe que está cheia dela.
Tudo que
somos são memórias, tudo.
A memória
não é apenas um pensamento que fica em um determinado espaço em algum lugar de
nosso cérebro. Todo nosso cérebro é memória.
Tudo que aprendemos, sabemos, falamos, compreendemos, entendemos, vemos,
todas as percepções e emoções são memórias.
Como é a
dor de queimar o dedo do pé? Como é a
dor do estomago? Como é a vontade de ir
ao banheiro? Como é que o coração bate? Como é quando cortam seu cabelo? Todas as coisas que sentimos são memórias.
Contudo,
todas estas coisas são memórias adquiridas, ou seja, estão já armazenadas
dentro de nós.
Somos
grandes gravadores e nosso cérebro tem um lugar especifico para cada tipo de
memória:
Memórias
sensoriais: Pele, ossos, órgãos, audição, visão, tato, paladar, odores, etc.
Memórias de
aprendizagem: a fala, a linguagem, os processos todos que envolvem aprender.
Então, para
não fazer confusão dividimos as memórias em grupos, assim as pessoas entendem
melhor.
Memórias de
longo prazo ou longo termo e memórias de curto prazo ou curto termo e Memória autobiográfica.
A memória
de longo termo é aquela que você “nunca” esquece está lá e vai ficar. Você já
escutou as historias do vovo ?: “Mil
novecentos e antigamente quando eu ainda tinha dente, Eu .....”
Basicamente
a memória de longo termo é como uma bibliotecária que trabalha não maior
biblioteca do mundo e ela conhece muito bem seu trabalho:
No mundo das
memórias de longo prazo você irá
encontrar todos os procedimentos que faz para viver: Andar, comer, beber etc...
A linguagem
é uma área a parte nesta biblioteca, tem um departamento imenso exclusivo para
ela, e pode armazenar varias línguas etc. Esta área está sempre contribuindo
com a compreensão das coisas.
Através dela você lembra quem você é, quem são as
pessoas que estão ao seu redor, lembra de sua história e do seu desenvolvimento
como pessoa. Chamamos de “Memória autobiográfica”. Esta memória utiliza as duas
outras que vamos mencionar.
Quando o
departamento de compreensão e o departamento de memórias longo prazo se unem
são capazes escrever livros, de trabalhar e montar coisas como uma casa por
exemplo. São chamadas, “Memórias Implícitas”.
O que quer dizer que as memórias são usadas junto ao conhecimento, junto
ao método aprendido para produzir coisas especializadas e que seguem um padrão:
Dirigir sem olhar os pedais, fazer coisas com prática, fazer várias coisas ao
mesmo tempo.
Dentro
desta área de longo termo, quando queremos elaborar um conhecimento e imaginar
e formular coisas, buscamos vários recursos para ajudar-nos. Por ex: Eu gosto
de flores, quero fazer um jardim, preciso saber como é a terra, como usar a
água, quantas pessoas gostarão de meu jardim, para quem darei as flores? Será
para a pessoa que amo, quem é a pessoa que amo? Por que gosto dela tanto
assim? Qual a cor da flor que ela mais
gosta e como vou plantar esta flor? Preciso saber fazer o jardim.
Esta memória explicita precisa da consciência (o que é isso, o que é
aquilo e para que serve ), mas não requer processo, ou seja, não é automática e
cheia de métodos como a memória “Implícita”.
A memória
de curto prazo é a mais incompreendida de todas as memórias, a pobrezinha. Ela é a razão de que muita gente vá ao médico
pedir soluções milagrosas e impossíveis:
Esta é uma
bibliotecária muito eficiente, porém trabalha em um departamento muito agitado
e de rápidas decisões.
Ela tem que
decidir que informação é boa para ser armazenada na grande biblioteca de longo
prazo, tem que decidir quem vai passar pela curiosidade da Dona Atenção, o
chefe da dona Atenção é o Sr. Senhor Interesse ele é responsável por analisar o
material e devolver a decisão à memória de curto prazo ou enviar o material
para a bibliotecária da sala de longo prazo.
Estes dois
companheiros, senhor Interesse e sua secretária dona Atenção, nem sempre
comparecem ao trabalho dificultando a vida da “memória de curto prazo”. Contudo
a memória de curto prazo sempre vai ao trabalho e esta sempre pronta a fazer
seu papel.
Quando
entra uma informação a memória de curto prazo guarda o material por um pouco de
tempo até que a dona Atenção venha dar uma olhadinha, se a atenção fizer o seu
trabalho bem feito, irá colocar todo o material para o Sr. Interesse analisar o
assunto.
A Falta da
Atenção é grave, ela faz com que a Memória de curto prazo jogue a informação no
triturador e adeus material.
Se a Dona
Atenção vem e o Sr. Interesse não, a memória de curto prazo guarda o material
por um pouco de tempo, até que ele possa rever o material. Se ele demora muito
a chegar... Tudo vai para o TRITURADOR e adeus.
Então você
dirá: "Dr. Tem remédio para a
memória?" E a memória grita:
“EUUUUUUUUUUU!???” Eu estou bem muito obrigada, quem precisa de remédio é a
falta de Atenção e o Interesse, não eu."
Os grandes
inimigos de qualquer memória:
- Falta de
Atenção.
- Falta de
interesse.
- Substancias
químicas: Álcool, drogas (incluindo a Cannabis), são químicas que bloqueiam o
sistema de transmissão de dados ao cérebro e do cérebro, matam os neurônios e
destroem a memória.
Estresse (stress em inglês) Baixo metabolismo.
(como o corpo processa energia dos alimentos nas células). Uma pessoa cansada
não vai processar atenção e interesse, o corpo somente quer descansar.
- Alimentação
deficiente em minerais e proteínas. (bom
seria peixe, saladas, todas as frutas e legumes, carne vermelha é proteína, mas
produz substâncias não saudáveis nos intestinos que afetam o metabolismo.)
- Ver TV ou
jogar “videogame” o dia todo, não ler, não sair para brincar. Ou seja,
restringir a mente a uma só atividade é altamente nocivo. A Biblioteca
necessita de informação variada, caso contrário, a bibliotecária perde o emprego.
- Comer
açúcar: Refrigerantes, bolos, chocolates, doces, etc... Açúcar “entope” as células. A gradual
diminuição da ingestão de açúcar, aproximadamente quinze dias, faz o corpo
acostumar com níveis mais baixos. (excluindo aqui os diabéticos de primeira
fase.)
- Falta do
volume adequado de água: Quando alguém pede remédio para memória eu penso em
uma grande capsula de água. O corpo usa a água para levar os nutrientes e o
oxigênio ao cérebro, ao mesmo tempo em que limpa o sistema de toxinas. Água
ajuda ao sistema nervoso estar alerta e pronto para processar.
- Não fazer
esporte: O corpo trabalha sempre lento, a circulação sempre lenta, a excreção
sempre lenta, não há uma qualidade metabólica ótima, o cérebro vai dormir.
Sim, há
muitos outros campeões e vilões contra a memória, mas estes são os mais comuns.
Realidade:
As pessoas mais velhas GANHAM mais memórias a cada dia, acumulando a informação da vida toda e utilizando estas informações, adcinadas às memórias
de curto prazo, pois são pessoas mais atentas e mais interessadas.
Somente há
uma perda das funções de memórias em pessoas idosas quando estão doentes por
outras razões adjacentes ao sistema nervoso.
Uma grande
novidade!!!!
Esquecer é bom e está tudo certo. (ref http://bit.ly/K6bKHo )
Ainda bem que o cérebro está equipado
com a função “ESQUECER”.
Imagine se
você não pudesse esquecer-se de nada? Quantas coisas desagradáveis e terríveis
você viveria constantemente.
Por ex: “O
barulho do motorzinho da broca que o dentista usa, ou a dor da broca entrando
no seu nervo dental”.
Você ainda
quer remédio para você não esquecer?
Seu
namorado sempre estaria indo embora com a outra, você sempre iria chorar a
morte de alguém uma e outra vez, você nunca seria capaz de perdoar ninguém por
cada palavra dita contra você em toda sua larga vida.
Você
estaria constantemente preocupado com absolutamente tudo.
O cérebro
está equipado com a função esquecer para que você possa selecionar um melhor
meio de viver em harmonia com suas memórias.
Espero que
você tenha lido com atenção e interesse, só assim não irá esquecer.
Paul
McCullough.
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