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Friday 27 January 2012

Tem remédio para memória?


Tem remédio para memória?

Tem sim, mas pouca gente sabe usar.
Qual psicólogo não escutou esta frase? “Dr. Eu não me lembro de mais de nada, não sei onde deixo as chaves, o meu celular, não sei onde guardo os papeis, não tenho nem ideia onde coloquei o meu relógio. Nas provas então eu não consigo lembrar-me de nada do que estudei. Nem me lembro da matéria mais, eu estou perdendo a memória e preciso de uns comprimidos para ver se me ajuda?”

Aqui temos uma amostra do santo remédio para memória:
Cada vez que você trouxer suas chaves, seus papeis, seu celular e vestir o relógio você ganhara uma destas. 

Você irá esquecer estes objetos em casa?

Para cada pergunta da prova que você acertar você ganha cinco destas. 




Quanto tempo você seria capaz de estudar para acertar cada pergunta da prova?

Você pode esquecer o dia do aniversário da sua mãe, mas não esquece o dia do seu pagamento.
Memória é feita de interesse e atenção.

A não ser que exista uma deficiência ou uma má formação nos processos da memória, nossa “falta de memória” ou “memória fraca” é apenas desinteresse e desatenção.

Memória é algo fantástico e pouca gente sabe que está cheia dela. 
Tudo que somos são memórias, tudo.

A memória não é apenas um pensamento que fica em um determinado espaço em algum lugar de nosso cérebro. Todo nosso cérebro é memória.  Tudo que aprendemos, sabemos, falamos, compreendemos, entendemos, vemos, todas as percepções e emoções são memórias.
Como é a dor de queimar o dedo do pé?  Como é a dor do estomago?  Como é a vontade de ir ao banheiro? Como é que o coração bate? Como é quando cortam seu cabelo?  Todas as coisas que sentimos são memórias.

Contudo, todas estas coisas são memórias adquiridas, ou seja, estão já armazenadas dentro de nós.
Somos grandes gravadores e nosso cérebro tem um lugar especifico para cada tipo de memória:
Memórias sensoriais: Pele, ossos, órgãos, audição, visão, tato, paladar, odores, etc.
Memórias de aprendizagem: a fala, a linguagem, os processos todos que envolvem aprender.

Então, para não fazer confusão dividimos as memórias em grupos, assim as pessoas entendem melhor.

Memórias de longo prazo ou longo termo e memórias de curto prazo ou curto termo e Memória autobiográfica.

A memória de longo termo é aquela que você “nunca” esquece está lá e vai ficar. Você já escutou as historias do vovo ?:  “Mil novecentos e antigamente quando eu ainda tinha dente, Eu .....”

Basicamente a memória de longo termo é como uma bibliotecária que trabalha não maior biblioteca do mundo e ela conhece muito bem seu trabalho:
No mundo das memórias de longo prazo  você irá encontrar todos os procedimentos que faz para viver: Andar, comer, beber etc...
A linguagem é uma área a parte nesta biblioteca, tem um departamento imenso exclusivo para ela, e pode armazenar varias línguas etc. Esta área está sempre contribuindo com a compreensão das coisas. 

Através dela você lembra quem você é, quem são as pessoas que estão ao seu redor, lembra de sua história e do seu desenvolvimento como pessoa. Chamamos de “Memória autobiográfica”. Esta memória utiliza as duas outras que vamos mencionar.

Quando o departamento de compreensão e o departamento de memórias longo prazo se unem são capazes escrever livros, de trabalhar e montar coisas como uma casa por exemplo. São chamadas, “Memórias Implícitas”.   O que quer dizer que as memórias são usadas junto ao conhecimento, junto ao método aprendido para produzir coisas especializadas e que seguem um padrão: Dirigir sem olhar os pedais, fazer coisas com prática, fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Dentro desta área de longo termo, quando queremos elaborar um conhecimento e imaginar e formular coisas, buscamos vários recursos para ajudar-nos. Por ex: Eu gosto de flores, quero fazer um jardim, preciso saber como é a terra, como usar a água, quantas pessoas gostarão de meu jardim, para quem darei as flores? Será para a pessoa que amo, quem é a pessoa que amo? Por que gosto dela tanto assim?  Qual a cor da flor que ela mais gosta e como vou plantar esta flor? Preciso saber fazer o jardim.
Esta memória explicita precisa da consciência (o que é isso, o que é aquilo e para que serve ), mas não requer processo, ou seja, não é automática e cheia de métodos como a memória “Implícita”.


A memória de curto prazo é a mais incompreendida de todas as memórias, a pobrezinha.  Ela é a razão de que muita gente vá ao médico pedir soluções milagrosas e impossíveis:
Esta é uma bibliotecária muito eficiente, porém trabalha em um departamento muito agitado e de rápidas decisões.
Ela tem que decidir que informação é boa para ser armazenada na grande biblioteca de longo prazo, tem que decidir quem vai passar pela curiosidade da Dona Atenção, o chefe da dona Atenção é o Sr. Senhor Interesse ele é responsável por analisar o material e devolver a decisão à memória de curto prazo ou enviar o material para a bibliotecária da sala de longo prazo.
Estes dois companheiros, senhor Interesse e sua secretária dona Atenção, nem sempre comparecem ao trabalho dificultando a vida da “memória de curto prazo”. Contudo a memória de curto prazo sempre vai ao trabalho e esta sempre pronta a fazer seu papel.

Quando entra uma informação a memória de curto prazo guarda o material por um pouco de tempo até que a dona Atenção venha dar uma olhadinha, se a atenção fizer o seu trabalho bem feito, irá colocar todo o material para o Sr. Interesse analisar o assunto.
A Falta da Atenção é grave, ela faz com que a Memória de curto prazo jogue a informação no triturador e adeus material.
Se a Dona Atenção vem e o Sr. Interesse não, a memória de curto prazo guarda o material por um pouco de tempo, até que ele possa rever o material. Se ele demora muito a chegar... Tudo vai para o TRITURADOR e adeus.




Senhor Interesse não trabalha sem sua secretária Dona Atenção. Ele se sente inútil.



Então você dirá: "Dr. Tem remédio para a memória?"  E a memória grita: “EUUUUUUUUUUU!???” Eu estou bem muito obrigada, quem precisa de remédio é a falta de Atenção e o Interesse, não eu."


Os grandes inimigos de qualquer memória:

- Falta de Atenção.

- Falta de interesse.

- Substancias químicas: Álcool, drogas (incluindo a Cannabis), são químicas que bloqueiam o sistema de transmissão de dados ao cérebro e do cérebro, matam os neurônios e destroem a memória.
 Estresse (stress em inglês) Baixo metabolismo. (como o corpo processa energia dos alimentos nas células). Uma pessoa cansada não vai processar atenção e interesse, o corpo somente quer descansar.

- Alimentação deficiente em minerais e proteínas.  (bom seria peixe, saladas, todas as frutas e legumes, carne vermelha é proteína, mas produz substâncias não saudáveis nos intestinos que afetam o metabolismo.)

- Ver TV ou jogar “videogame” o dia todo, não ler, não sair para brincar. Ou seja, restringir a mente a uma só atividade é altamente nocivo. A Biblioteca necessita de informação variada, caso contrário, a bibliotecária perde o emprego.

- Comer açúcar: Refrigerantes, bolos, chocolates, doces, etc...  Açúcar “entope” as células. A gradual diminuição da ingestão de açúcar, aproximadamente quinze dias, faz o corpo acostumar com níveis mais baixos. (excluindo aqui os diabéticos de primeira fase.)

- Falta do volume adequado de água: Quando alguém pede remédio para memória eu penso em uma grande capsula de água. O corpo usa a água para levar os nutrientes e o oxigênio ao cérebro, ao mesmo tempo em que limpa o sistema de toxinas. Água ajuda ao sistema nervoso estar alerta e pronto para processar.

- Não fazer esporte: O corpo trabalha sempre lento, a circulação sempre lenta, a excreção sempre lenta, não há uma qualidade metabólica ótima, o cérebro vai dormir.

Sim, há muitos outros campeões e vilões contra a memória, mas estes são os mais comuns.

MITO: As pessoas mais velhas perdem a memória.
Realidade: As pessoas mais velhas GANHAM mais memórias a cada dia, acumulando a informação da vida toda e utilizando estas informações, adcinadas às memórias de curto prazo, pois são pessoas mais atentas e mais interessadas.
Somente há uma perda das funções de memórias em pessoas idosas quando estão doentes por outras razões adjacentes ao sistema nervoso.








Uma grande novidade!!!!
Esquecer é bom e está tudo certo.  (ref http://bit.ly/K6bKHo )

Ainda bem que o cérebro está equipado com a função “ESQUECER”.
Imagine se você não pudesse esquecer-se de nada? Quantas coisas desagradáveis e terríveis você viveria constantemente.

Por ex: “O barulho do motorzinho da broca que o dentista usa, ou a dor da broca entrando no seu nervo dental”.
Você ainda quer remédio para você não esquecer?
Seu namorado sempre estaria indo embora com a outra, você sempre iria chorar a morte de alguém uma e outra vez, você nunca seria capaz de perdoar ninguém por cada palavra dita contra você em toda sua larga vida.






Você estaria constantemente preocupado com absolutamente tudo. 
O cérebro está equipado com a função esquecer para que você possa selecionar um melhor meio de viver em harmonia com suas memórias.

Espero que você tenha lido com atenção e interesse, só assim não irá esquecer.

Paul McCullough.

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